Óleos Essenciais
- Zaira Farah
- 7 de out. de 2019
- 3 min de leitura
A essência dos Óleos Essenciais

O uso da Aromaterapia e dos Óleos Essenciais nos faz desejarmos tirar o máximo proveito das riquezas do mundo natural. Os aromas emanados das plantas devem-se particularmente à presença de poderosas substâncias curativas, os óleos essenciais, que podem nos ajudar nos momentos de dificuldade, quando o nosso equilíbrio físico ou mental se encontra em desajuste. Tais essências voláteis, poderosas, escondidas em minúsculas glândulas no interior das plantas, contêm muitas propriedades benéficas e são usadas na aromaterapia para aumentar a vitalidade e melhorar a saúde.
As plantas aromáticas têm sido usadas desde a Antiguidade para purificar e curar tanto o corpo quanto a mente. Registros procedentes do Oriente mostram que destilarias primitivas já eram empregadas há 5000 anos, embora provavelmente produzissem loções em vez de óleos essenciais. No antigo Egito, as loções e resinas aromáticas tinham destaques em cerimonias e rituais, enquanto seus adeptos se perfumavam com unguentos olorosos, obtidos pela infusão de plantas aromáticas em óleo de cedro e olíbano, sem dúvida por suas propriedades conservantes, para embeber as bandagens das múmias. O quanto os antigos sabiam a respeito da força curativa das plantas é incerto, mas os textos médicos ayurvédicos originários da antiga sociedade indiana incluíam essências aromáticas em muitos de seus tratamentos. Civilizações posteriores, notadamente os gregos e romanos, desenvolveram o uso dessas essências em rituais e cerimônias religiosas; em documentos que datam daquela época, revela-se uma crescente consciência das suas propriedades terapêuticas. No ano 1000 DC, o médico árabe Avicenna introduziu o sistema de arrefecimento no processo de destilação, fazendo-se da extração dos óleos essências um processo mais refinado e eficiente.
Uma indicação das propriedades dos óleos essenciais que conhecemos hoje foi dada pela aparente imunidade de muitos perfumistas, às pragas e à cólera que varreram a Europa na Idade Média; por volta do século XVII os óleos eram amplamente usados na medicina. No fim do século XIX, experimentos científicos realizados sobre as propriedades antibacterianas das plantas começaram a esclarecer a composição química e a potencial força curativa das moléculas dos óleos essenciais. Infelizmente, em vez de levar a um aumento do uso dos óleos essenciais, esforços foram feitos no sentido de imitar as suas propriedades e, de modo crescente, os equivalentes químicos sintéticos vêm sendo empregados no lugar das essências das plantas.
A reintrodução do uso dos óleos essenciais começou no início deste século, com o trabalho de um químico francês, René-Maurice Gattefossé, quem primeiro deu o nome de “aromathérapie” a este ramo da medicina especializada em ervas.
Um outro francês, Dr. Jean Valnet, interessou-se pelas propriedades curativas dos óleos essenciais após usá-los para tratar as feridas dos soldados na Segunda Guerra Mundial. Sua extensa cobertura sobre o assunto ganhou reconhecimento oficial como terapia na França, onde hoje muitos médicos prescrevem óleos para uso tópico e intenso. O desenvolvimento da aromaterapia holística como é atualmente praticada no Reino Unido deve muito à bioquímica francesa Marguerite Maury. Ela introduziu óleos essenciais no mundo terapêutico da beleza, onde foram usados em conjunto com massagens para proporcionar efeitos de rejuvenescimento da pele.
Nos últimos anos, as pesquisas têm sido aceleradas nas universidades e hospitais de todo o mundo. Os resultados têm nos proporcionado um conhecimento muito mais profundo a respeito dos óleos essenciais, assim como uma conscientização ainda maior do seu poder excepcional.
Aromaterapia é ideal como autoajuda, desde que o seu uso seja efetivo e prazeroso. Tomar banhos, receber massagens ou fazer inalações com óleos essenciais pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico e a melhorar a saúde e o bem-estar geral. Além disso, se usados como indicado, os óleos essenciais não têm efeitos colaterais adversos. Este último fator é significativo já que mais e mais pessoas estão se tornando conscientes das potenciais desvantagens de algumas drogas químicas — os perigos da dependência, o enfraquecimento do sistema imunológico, os efeitos colaterais indesejáveis, além do fato de o corpo frequentemente adquirir resistência a certas drogas. Óleos essenciais são então selecionados misturados a fim de se adequarem a você com um único propósito: Bem-estar físico, psíquico e emocional.
PRICE, SHIRLEY. Aromaterapia para doenças comuns. Ed. Manole LTDA.
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